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As bebidas energéticas podem alterar o ritmo cardíaco e aumentar a pressão arterial, sugere um estudo apresentado na reunião anual da Sociedade Americana do Coração.
"Os resultados sugerem que determinadas bebidas energéticas podem aumentar o risco de ter um ritmo cardíaco anormal quando consumidas em grandes quantidades. Enquanto aguardamos por mais dados, alguns consumidores devem ter algum cuidado”, revelou, em comunicado de imprensa, um dos autores do estudo, Sachin Um Shah.
Na opinião de um outro autor do estudo, Phillip Oppenheimer, estes resultados são importantes uma vez que as bebidas energéticas são habitualmente consumidas pela população universitária.
Para o estudo os investigadores da Universidade do pacífico, nos EUA, contaram com a participação de 27 indivíduos saudáveis com idades compreendidas entre os 18 e os 40 anos. Os participantes beberam duas latas de uma bebida energética, um volume equivalente de uma bebida contendo panax ginseng (um ingrediente da bebida energética) ou uma bebida placebo uma vez por dia, a cada seis dias, durante três semanas.
Os investigadores mediram a frequência cardíaca e a pressão arterial antes de as bebidas serem consumidas e quatro vezes durante as seis horas seguintes. Os voluntários que consumiram a bebida energética apresentaram um aumento estatisticamente significativo de um marcador da frequência cardíaca anormal conhecido como intervalo QTc. Estes indivíduos também tiveram um ligeiro aumento da pressão arterial. Estes efeitos persistiram duas horas após a bebida energética ter sido consumida.
Por outro lado, os participantes que beberam ginseng ou um placebo não apresentaram aumentos no intervalo QTc ou na pressão arterial.
As bebidas energéticas têm sido associados a mortes súbitas. Em junho de 2014, o Centro de Ciência no Interesse Público, um grupo de defesa da saúde do consumidor, tinha dado conta de 34 mortes que poderiam estar associadas ao consumo de bebidas energéticas.
De acordo com Sachin Um Shah, são necessários mais estudos para avaliar os efeitos no ritmo cardíaco e na pressão arterial das bebidas energéticas, especialmente nos indivíduos com condições cardíacas subjacentes, como a síndrome do QT longo congénito e hipertensão.