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Entre janeiro e agosto de este ano, um total de 182 pessoas com doenças raras teve acesso a medicamentos órfãos, através das autorizações de utilização excecional (AUE), informou a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed).
O Infarmed referiu, numa nota de imprensa à qual a agência Lusa teve acesso, que as doenças oncológicas dominam os pedidos de AUE nos hospitais, relativamente a medicamentos órfãos (destinados a portadores de doenças raras), mas também há solicitações para tratamento de doenças metabólicas, oftalmológicas ou neuromusculares.
A autoridade do medicamento refere que o recurso às autorizações de utilização excecional existe para os "casos em que estão a decorrer processos negociais com as empresas titulares destes medicamentos", mas também para as situações em que é necessário importá-los, porque "a empresa não solicitou o financiamento para o medicamento em Portugal".
No primeiro semestre deste ano, os tratamentos nos hospitais, com medicamentos aprovados e financiados pelo Serviço Nacional de Saúde e das AUE, totalizaram um investimento de 39,3 milhões de euros.