Data

08 Mar 2016



Fonte

ALERT Life Sciences Computing, S.A.





Partilhar
Partilhar no Facebook Partilhar no Twitter



Glaucoma afeta 100 mil portugueses

Semana Mundial do Glaucoma

No âmbito da Semana Mundial do Glaucoma, entre 6 e 12 de março, o Grupo Português de Glaucoma (GPG) da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) vai desenvolver ações de esclarecimento e rastreio um pouco por todo o país.

Segundo o comunicado enviado à ALERT, estas iniciativas contam com a participação de vários especialistas em glaucoma que procuram sensibilizar a população para os perigos de uma doença que se estima que afete mais de 100 mil portugueses e cuja incidência tende a aumentar com a idade.

O glaucoma é uma doença subdiagnosticada e “silenciosa” uma vez que provoca danos progressivos na visão sem aviso até às fases mais avançadas da condição. Apesar do tratamento ser eficaz na estabilização desta patologia, é incapaz de reverter as lesões já provocadas, ou seja, quanto mais precoce o diagnóstico, maior é a visão preservada.

“O glaucoma afeta cerca de 80 milhões de pessoas em todo o mundo e apesar de em Portugal não ter o mediatismo das cataratas ou da retinopatia diabética, representa um problema não só de oftalmologia mas também de saúde pública. É a segunda causa mundial de cegueira (cerca de 9 milhões de cegos por glaucoma em todo o mundo) e a primeira causa de cegueira irreversível evitável. Estima-se que mesmo nos países desenvolvidos só cerca de 50% dos portadores de glaucoma sejam diagnosticados e tratados porque a maioria dos doentes inicialmente não tem alterações visuais percetíveis”, refere o comunicado.

De acordo com o coordenador do GPG, José Moura Pereira, é fundamental “combater o desconhecimento generalizado sobre esta doença”. “A prevenção é decisiva em qualquer situação clínica”, adverte, mas é-o “especialmente” neste contexto. “O glaucoma é irreversível: não é possível recuperar as fibras do nervo ótico que se perdem com a progressão da patologia, pelo que é preciso tentar travá-la; quanto mais cedo, melhor.”

A “importância do diagnóstico precoce” deste, que constitui “um problema de saúde pública, incapacitante para muitos indivíduos”, é vincada pela presidente da SPO, Maria João Quadrado.