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Portugal é o segundo país da União Europeia com maiores necessidades de saúde oral não satisfeitas, segundo o estudo “Cuidados de Saúde Oral – Universalização.
O estudo encomendado pela Ordem dos Médicos Dentistas à Universidade Nova – School of Business & Economics refere que, em Portugal, 17,8% das pessoas com mais de 16 anos não têm as suas necessidades de saúde oral satisfeitas, quando a média da União Europeia (UE) é de 7,9%, de acordo com dados publicados no estudo, a que a agência Lusa teve acesso.
O bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Orlando Monteiro da Silva, referiu à agência Lusa que a dificuldade de acesso à saúde oral se torna ainda mais evidente quando Portugal surge bem posicionado ao nível dos cuidados de saúde gerais.
O estudo indica que apenas 5,1% dos portugueses com mais de 16 anos relata necessidades de saúde não satisfeitas (abaixo da média da UE), enquanto ao nível de cuidados dentários o valor dispara para quase 18%, uma percentagem mais de duas vezes superior à média europeia.
Em Portugal existem entre 20 a 25 médicos dentistas nos cuidados de saúde primários e as famílias são forçadas a recorrer a dentistas privados que pagam integralmente do seu bolso.
No estudo realizado por Alexandre Lourenço e Pedro Pita Barros fica explícito que “não só as famílias com rendimentos mais baixos são afetadas, mas também as de rendimentos mais elevados enfrentam despesas catastróficas quando acedem a serviços de saúde oral”.
As despesas catastróficas são os pagamentos diretos das famílias de tal forma elevados em relação ao dinheiro disponível que leva a que o agregado familiar seja obrigado a abandonar o consumo de outros bens e serviços necessários.
“Quem sofre mais são os mais pobres, porque nem sequer acedem a cuidados de saúde oral, estão totalmente excluídos. Mas o estudo mostra que a classe média também sofre muito […] porque tenta aceder a cuidados e a catástrofe é a do empobrecimento, de abdicar de aspetos de outras despesas essenciais para pagar cuidados de despesas dentárias em situações especiais”, referiu o bastonário dos Médicos Dentistas.