Data

03 Fev 2016



Fonte

ALERT Life Sciences Computing, S.A.





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Consumo de fibras diminui risco de cancro da mama

Estudo publicado na revista ''Pediatrics''

As mulheres que consomem elevadas quantidades de fibras, especialmente frutas e vegetais, durante a adolescência e a idade adulta jovem, apresentam um menor risco de desenvolver cancro da mama, comparativamente com aquelas que não comem tantas fibras, defende um estudo publicado na revista “Pediatrics”.

Até à data, poucos foram os estudos que analisaram o efeito do consumo de fibras no desenvolvimento do cancro da mama, e nenhuma avaliou o efeito da dieta durante a adolescência e início da idade adulta, um período em que o risco do cancro da mama é particularmente importante.

Para o estudo os investigadores da Universidade de Harvard, nos EUA, contaram com a participação de um total de 90.534 mulheres. Em 1991, mulheres, com idades compreendidas entre os 27 e os 44 anos, preencheram questionários sobre o consumo de alimentos e posteriormente a cada quatro anos.

Em 1998, as participantes também preencheram um questionário relativo ao consumo de alimentos na escola secundária. Os investigadores analisaram o consumo de fibras das participantes tendo tido em conta fatores como raça, antecedentes familiares de cancro, índice de massa corporal, variações de peso ao longo do tempo, história menstrual, consumo de álcool, e outros fatores dietéticos.

O estudo apurou que o risco de cancro foi 12 a 19% menor para as mulheres que consumiram mais fibra durante o início da idade adulta. Um consumo elevado de fibras na adolescência também foi associado a um risco 16% menor de cancro da mama em geral e um risco 24% de cancro da mama após a menopausa.

Os investigadores constataram que houve, entre todas as participantes, uma forte associação inversa entre o consumo de fibra e a incidência de cancro da mama. Por cada ingestão adicional de 10 gramas de fibras diárias, o equivalente a uma maçã e duas fatias de pão integral, ou metade de uma chávena de feijão cozido e couve-flor, durante o início da idade adulta o risco de cancro diminuía 13%. O maior benéfico foi proveniente do consumo de fibras presentes nas frutas e vegetais.

Os autores do estudo especulam que um maior consumo de fibras pode diminuir, em parte, o risco de cancro da mama ao ajudar a reduzir os níveis de estrogénio no sangue, que estão associados ao desenvolvimento do cancro da mama.

Vários estudos têm indicado que o tecido mamário é particularmente influenciado por carcinogéneos e anticarcinogéneos durante a infância e adolescência. “Agora temos evidências de que os alimentos que fornecemos às nossas filhas durante este período é também um fator importante no risco futuro de cancro”, conclui, um dos autores do estudo, Walter Willett.