Data

15 Dez 2016



Fonte

ALERT Life Sciences Computing, S.A.





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Vacinação: creme anestésico é eficaz no alívio da dor

Estudo publicado na revista ''Evolution, Medicine and Public Health''

A utilização de creme de lidocaína conjuntamente com a ingestão de uma pequena quantidade de açúcar é a forma mais eficaz de aliviar as dores provocadas pelas vacinas em bebés com menos de um ano de idade, atesta um estudo publicado no “Canadian Medical Association Journal”.
Devido ao sucesso dos programas de vacinação, a maioria dos pais nunca testemunhou os efeitos devastadores que doenças como sarampo, poliomielite ou tosse convulsa podem ter numa família ou na comunidade em geral.
Apesar de o risco destas doenças não ser imediatamente visível ainda existe. De facto, tem sido demonstrado que quando as taxas de vacinação diminuem numa determinada comunidade, há um risco aumentado de um surto de doença.
Atualmente os médicos e os investigadores estão a tentar dissipar os mitos que têm surgido em torno da segurança da vacinação e também estão a abordar outras preocupações que os pais podem ter. Há muitas razões pelas quais os pais podem optar por não vacinar os filhos, sendo a dor provocada pela dor de injeção uma deles.
A administração intravenosa de vacinas pode causar dor de curta duração no local da injeção. As crianças podem ficar aborrecidas e ansiosas. Por outro lado, os pais não gostam de ver os filhos a sofrerem, o que pode ter um efeito dominó, conduzindo à ansiedade, ao medo e à recusa da vacinação.
No entanto, Anna Taddi, da Universidade de Toronto, Canadá, refere que existem algumas lacunas relativamente à melhor forma de aliviar a dor durante a vacinação. Assim, de forma a tentarem combater estas falhas, os investigadores levaram a cabo um ensaio clínico que contou com a participação de 352 bebés. Todas as crianças estavam a receber a vacinação programada desde o nascimento até aos 12 meses de idade.
As crianças foram divididas em quatro grupos distintos. O primeiro grupo funcionou como grupo controlo, no segundo os pais visualizaram um vídeo que explicava como acalmar o bebé, no terceiro para além da visualização do vídeo foi administrada uma solução de glucose aos bebés e por último no quatro grupo os pais assistiram ao vídeo tendo sido administrada uma solução oral de glucose e aplicado um creme de lidocaína na pele da criança.
O estudo apurou que quando utilizada consistentemente durante as vacinas injetáveis no primeiro ano de vida, apenas a lidocaína lipossómica combinada com o vídeo de instrução parental e administração de glucose via oral foi eficaz no alívio da dor aguda.
Os investigadores concluem que em estudos futuros devem ser investigados em maior detalhe os efeitos do controlo consistente da dor no desenvolvimento da ansiedade pré-processual (medo), a hipersensibilidade à dor, bem como o cumprimento da vacinação.