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Uma parceria entre duas unidades de investigação e uma farmacêutica vai testar medicamentos num modelo de fígado humano infetado com o parasita da malária.
A parceria envolve o Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica (iBET), que construiu o modelo tridimensional de fígado humano, o Instituto de Medicina Molecular (iMM), especialista no estudo da malária, e a farmacêutica Merck Portugal.
A investigadora e membro da direção do iBET, Paula Alves, referiu à agência Lusa que o projeto, financiado em meio milhão de euros pela farmacêutica, vai ser desenvolvido durante dois anos. No final deste ano, os investigadores esperam já ter selecionado os fármacos.
O modelo tridimensional, desenvolvido pelo iBET a partir da recolha de linhas celulares de fígado humano, recorrendo a técnicas de bioengenharia, reproduz e mantém as funcionalidades do órgão no corpo humano.
De acordo com a investigadora, se se perceber como “matar” o parasita da malária, o Plasmodium, na fase em que está “adormecido” no fígado, será possível a sua erradicação.
A ideia é "tentar arranjar fármacos que consigam combater o parasita na fase hepática, ou seja, que consigam limpar o fígado do invasor”, acrescentou Paula Alves
A fase hepática da malária, em que os parasitas se depositam e multiplicam nas células do fígado, corresponde ao primeiro estádio da infeção, ocorrendo depois da picada do mosquito infetado e antes de o Plasmodium se disseminar pela corrente sanguínea e infetar os glóbulos vermelhos. É nesta altura que surgem os sintomas da doença, como febre alta, calafrios, dores de cabeça e musculares.
Paula Alves lembrou que o Plasmodium, transmitido aos humanos pela picada da fêmea do mosquito Anopheles, "invade e permanece, durante toda vida, no fígado".